Família de menor revoltada

A família do menor, hoje com 14 anos, está revoltada com a conduta do padre e rejeita qualquer tipo de aproximação tendo em vista um acordo ‘amigável’ com o sacerdote. A família está decidida a levar o caso até às últimas consequências para que este possa servir de exemplo.

Comissão investigou

A denúncia relativa a este caso chegou, em abril, à Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, que tomou as diligências de prova que entendeu, reuniu os elementos e produziu um relatório que fez chegar às entidades competentes, nomeadamente ao Ministério Público, disse à Renascença o advogado Luís Coimbra.

Avançam queixas-crime

Nas redes sociais muitos internautas têm ‘atacado’ o padre suspeito com mensagens provocatórias e apelidando-o com nomes ofensivos. A defesa vai avançar com queixas-crime a todos que mancharam o bom-nome do pároco.

Caso está em Roma

Núncio Apostólico (representante diplomático da Santa Sé em Portugal) D. Ivo Scapolo já foi também inteirado do caso que seguiu para Roma para ser analisado. Em breve, a Igreja vai pronunciar-se, ao abrigo das leis do Vaticano, sobre a conduta que pensa ser a mais indicada o padre seguir.

■ Além do caso que envolve o padre da Diocese de Viseu e um menor, a Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis tem em mãos outra investigação que diz respeito a uma mulher que garante ter sido “violentada” por um padre de uma paróquia da mesma diocese. Mas, segundo apurou o CM junto do organismo criado para lidar com casos de abuso na Igreja, este caso terá ocorrido há mais de 30 anos. “A mulher já foi ouvida pela Comissão por mais do que uma vez, mas apresenta um discurso contraditório e pouco fundamentado. Esta agressão, a ter acontecido, é de muito menor gravidade daquela que por estes dias tem estado na ordem do dia”, garante uma fonte ligada ao processo. Neste caso, que também foi comunicado e é do conhecimento do bispo de Viseu, ainda nenhuma decisão foi tomada, pois está numa fase embrionária da investigação.n