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Incendiário perverso

TIRO E QUEDA Carlos Anjos PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS DE CRIMES

Há vários anos que o perfil do incendiário assenta em indivíduos com baixas qualificações, residentes em zona rural, consumidores de álcool ou de outras dependências, e com um atraso cognitivo ou patologias do foro mental. As motivações assentavam no gosto pelo espetáculo do fogo, pelas sirenes, por vingança para com os donos dos terrenos e no lucro de terceiros pela madeira ardida.

Tudo isto devido à detenção de um indivíduo em Castelo Branco, responsável por mais de duas dezenas

NÃO EXISTE CASTIGO SUFICIENTE PARA A INDIFERENÇA PELO SOFRIMENTO

de incêndios desde 2017, alguns dos maiores que varreram o País, como o de Oleiros. Este indivíduo foge a todo e qualquer perfil. É culto, com formação superior, altamente qualificado, com uma vida estabilizada e profundamente inteligente. Usava temporizadores para que, quando ocorressem as ignições, ele pudesse estar noutro local, com outras pessoas, em suma, ter sempre um álibi. Até o motivo é totalmente novo e altamente perverso; o que motiva este indivíduo é ver a aflição, o pânico das pessoas a fugirem ao fogo.

Ficou em prisão preventiva, mas é um dos casos em que não existe castigo suficientemente duro para o que ele fez e, acima de tudo, para a sua indiferença pelo sofrimento humano.n

PORTUGAL

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2021-07-23T07:00:00.0000000Z

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http://quiosque.medialivre.pt/article/281964610743982

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