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Mal por mal, remodele-se

António Costa entrou no debate do estado da Nação sem contemplações e com uma lista de promessas para todos os gostos. Combater o trabalho precário, regulamentar o teletrabalho, reforçar o serviço nacional de saúde e as escolas públicas, de tudo um pouco prometeu o primeiro-ministro antes de se sentar a assistir de bancada à tíbia crítica de uma oposição sem ânimo nem ambição.

Não é por acaso que a sondagem da Intercampus para o CM/CMTV revela esta semana um PS com 34,8%, face a um PSD com 23,4% das intenções de voto.

Nem todos os tiros nos pés foram suficientes para abater o Governo. Os erros no combate à pandemia, o caos nos aeroportos com a greve da Groundforce, os desastres do ministro Eduardo Cabrita, nada disto aproveita ao PSD, que continua incapaz de se aproximar do partido do Governo. De resto, a prestação social-democrata no debate revelou uma total ausência de propostas alternativas. E os portugueses podem não estar satisfeitos com um Governo em fim de ciclo e com muitas fragilidades, mas, sem propostas que lhes indiquem um novo rumo para o País, não se sentem motivados para votar de forma diferente. Pedem antes uma remodelação governamental. Quanto ao resto, pensam: ‘Mal por mal…’ ● TIAGO REBELO

JORNALISTA

OPINIÃO

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2021-07-23T07:00:00.0000000Z

2021-07-23T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281573768720046

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