Não tenho grandes memórias dos meus avós, aliás, só conheci, miúdo, uma avó paterna. Não tenho histórias pessoais para contar que nos situem nestas relações de proximidade e afeto que confirmam a importância dos laços familiares na construção do mundo que todos desejamos melhor. Mas ao longo da minha vida tenho conhecido muitos idosos, Licínio e Rosa, Joaquim e Irene, João e Laura, avós e bisavós, e este conhecimento feito de inúmeras visitas a lares e hospitais, a casas com vidas desafogadas e a tantas outras onde falta o pão, de muitas conversas, em jeito de desabafos, partilhas e confissões, permite-me afirmar com clareza e determinação, que ainda temos muito a fazer no reconhecimento da importância dos mais velhos na vida de todos nós.

Em boa hora o Papa Francisco decidiu celebrar, com uma data fixa no calendário anual, o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Em Portugal, este dia, é assinalado oficialmente

OBRIGADO PAPA FRANCISCO POR NÃO DESISTIR DE NOS MOSTRAR OS CAMINHOS DE DEUS

desde 2003, graças ao empenho da D. Aninhas, de Penafiel. Diria que, mais uma vez, somos surpreendidos com um tiro certeiro nas fragilidades do tempo que vivemos e da sociedade que construímos.

Relevar aqueles que caminham com dificuldades, que sobrevivem tantas vezes com dores e inúmeras carências, que estão abandonados em lares e hospitais, esquecidos por filhos e netos, relevar sem hesitações nem medos, todas estas verdades e fazê-lo com bondade, apelando ao que de melhor temos dentro de nós, só nos pode levar a palavras de gratidão: Obrigado Papa Francisco por não desistir de nos mostrar os caminhos de Deus. Obrigado por colocar os jovens neste caminho, por nos pedir que caminhemos de mãos dadas, avós e netos, mais velhos e mais novos.

A JMJ Lisboa 2023 quer fazer parte deste caminho, torná-lo verdadeira missão. Fica o desafio: Faz Missão pelos avós e pelos idosos e partilha das redes sociais com o ‘hashtag’ #Lisboa2023.n