Uma moça vaidosa subiu ao cimo de um dos mais sagrados templos maias, património mundial. Subir já era proibido, porque estas obras milenares desgastam-se, mas depois pôs-se a dançar em cima, em poses que hoje reconhecemos como de ‘influenciadora’, presumo que ainda se tenha fotografado a si própria a fazer boquinhas. Ao descer não foi lapidada, mas não se livrou de uns apupos, uma valente multa, talvez umas horas na esquadra. Muito diferente dos jovens ativistas que lutam pela consciência das alterações climáticas. Mesmo quando estes fazem coisas tontas, tipo atenta- rem contra obras de arte, não são tontos. Sobretudo, não são egoístas. A atitude e a motivação contam: de um lado a orgia narcisa, do outro a consciência (mesmo que ingénua) de que valores mais altos se levantam.n